DO GREGO HESÍODO AO AMAZÔNIDA ÉLSON FARIAS: MITO E REALIDADE NAS CAMADAS POPULARES DA AMAZÔNIA
Abstract
“Balada de Mira-Anhanga e outras aparições” (1993), do escritor e poeta Élson Farias, é a obra escolhida para comemorar os sessenta anos do Clube de Madrugada. Foi uma época marcante para a literária, que muito contribuiu para a nossa sociedade. A comemoração serve-nos de artifício para apresentar o estudo da questão amazônica, especialmente a que envolve os mitos regionais pela poética deste autor. A obra é trabalhada com categoria e, ao todo, são treze poemas resgatando a oralidade dos tempos idos da cultura do povo interiorano. A grande metáfora do livro é a de se mostrar o grande espelho de cultura social deste espaço amazônico que faz diferença e semelhanças entre outras culturas. Esta obra de Farias pode-se comparar com a de Hesíodo que escreveu Teogonia, e Os trabalhos e os dias. Ambos pensam da mesma forma sobre a narrativa como movimento humano, criado pela força do mito que se preserva no ato de contar entre os mais distantes e desarraigados de poderes heroicos. Hesíodo, foi o primeiro a pensar no surgimento dos deuses do universo, e a dar-nos a noção mítica do mundo, que para os gregos, é um conjunto único de inesgotáveis aparições e, em Farias, de seres nada divinos, porém, é um mundo lógico em termos míticos e, na lógica própria do pensamento mítico - um mundo real e perigoso, que se deixa conhecer através das narrativas, antes orais, e hoje, transpostas para o mundo escrito da palavra, preservam-se, na condição de lendas caboclas, do interior da Amazônia.Downloads
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How to Cite
Louro, F. de L. S. (2015). DO GREGO HESÍODO AO AMAZÔNIDA ÉLSON FARIAS: MITO E REALIDADE NAS CAMADAS POPULARES DA AMAZÔNIA. Revista Decifrar, 2(4), 27. Retrieved from //www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/1057
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