Diversidade humana, movimentos sociais e serviço social na realidade lusófona

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Resumo

O artigo apresentado busca discutir a trajetória do Serviço Social brasileiro em sua interlocução com a teoria marxista e com as lutas sociais. Analisa como temas como gênero, raça e sexualidade foram sendo incorporados de modo desigual ao longo do tempo. Aponta avanços e limites da profissão na construção de uma leitura crítica e interseccional das múltiplas expressões da questão social. Destaca ainda a importância dos movimentos sociais e das diretrizes ético-políticas na afirmação da diversidade humana como dimensão estruturante da práxis profissional. Com base em dados atuais, o texto evidencia a assimetria na institucionalização desses temas na produção acadêmica e defende o fortalecimento de abordagens críticas, plurais e comprometidas com a emancipação humana.

 

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Biografia do Autor

Sidimara Cristina de Souza, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutora em Política Social pela Universidade Federal Fluminense. Docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. E-mail: sidimara.cristina@ufvjm.edu.br.

João Bôsco Hora Góis Góis, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutor em Serviço Social pela Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/Boston College. Professor titular da Universidade Federal Fluminense. Email: jbhg@uol.com.br.

André Augusto Pereira Brandão, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Professor titular da Universidade Federal Fluminense. E-mail: andre_brandao@id.uff.br

Publicado

2025-08-22

Como Citar

Souza, S. C. de, Góis, J. B. H. G., & Brandão, A. A. P. . (2025). Diversidade humana, movimentos sociais e serviço social na realidade lusófona. Revista Eletrônica Mutações, 18(30), 62–77. Recuperado de //www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/relem/article/view/18429