Covid-19 no Amazonas e a vulnerabilidade da saúde e da educação indígena
DOI:
https://doi.org/10.29327/233099.21.1-6Palavras-chave:
Povos Indígenas, Covid-19, Saúde Indígena, Educação IndígenaResumo
Este artigo vai tratar sobre a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), abordando algumas consequências para os povos indígenas do Amazonas. É importante destacar que a própria Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) reconhece que as populações nativas brasileiras são mais vulneráveis às viroses, especificamente as infecções respiratórias como a Covid-19, ocasionando principalmente na morte de crianças e idosos. Apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o município com maior número de indígenas do País, São Gabriel da Cachoeira, no Noroeste do Amazonas, registrou um rápido avanço da doença entre os povos, além disso, é a cidade com o maior número de contaminação entre índios no Estado: são 3.018 casos e 51 mortes, até dia 25 de agosto de 2020, cujos indígenas eram das etnias: Baré, Baniwa, Tukano, Wanano, Piratapuia, Tariano e Dessano. Em todo o Amazonas dados da primeira semana de outubro de 2020, revelam que o número de casos passa de 144 mil, com mais de 4,2 mil mortes. Deste total, há 836 mortes de indígenas no Brasil, onde 182 são do Amazonas, conforme dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab). Diante deste cenário, o isolamento social altera o cotidiano das famílias, impacta a renda e também compromete a educação nas escolas fechadas em função da crise sanitária.
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