SENTA, QUE LÁ VEM A HISTÓRIA: UMA AULA SOBRE CULTURA E ARTE AFRO BRASILEIRA

Autores

  • Esther Trindade Universidade Federal do Amazonas
  • Daniela Trindade Universidade Federal do Amazonas
  • Artemis Soares Universidade Federal do Amazonas

Resumo

Considerando as diretrizes curriculares esboçadas na Lei 10.639/03, que trata do ensino obrigatório e sistemático da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, este artigo propõem uma leitura reflexiva da obra literária Tumbu e das telas do pintor mineiro Alexandre Rosalino com estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública de Manaus/AM. Tendo como objetivo relacionar a literatura brasileira à história da África e a arte afro-brasileira, na percepção e aceitação de outros saberes e viveres, que constituem a diversidade cultural brasileira, foram feitas atividades integradoras de leitura e interpretação da obra Tumbu de Marconi Leal e de quadros do artista A. Rosalino. Esse artigo propõe uma discussão sobre a cultura étnico-racial, por meio da pesquisa-ação, cuja metodologia fez uso da abordagem qualitativa, com dados coletados através da observação participante, com uso do caderno de campo e pesquisa documental. Na análise da nossa pesquisa Paulo Freire nos guia a pensar em um ensino que empoderem a identidade cultural dos educandos, e para isso, Martha Abreu nos traz uma problematização sobre as Diretrizes Nacionais Curriculares convocando educadores e demais profissionais de História a envolverem-se com uma reflexão mais engajada sobre a cultura afro-brasileira. A linguagem acessível da obra do escritor recifense e o colorido cenário de manifestações culturais e religiosas negras, protagonizadas nas telas do artista mineiro, favorecem aliar a política educacional às práticas educacionais e curriculares, proporcionando um ambiente de interação e diálogo a partir da Literatura e da Arte como protagonistas de discussões étnico-raciais com estudantes em formação.

Biografia do Autor

Esther Trindade, Universidade Federal do Amazonas

Graduada em Licenciatura em Historia pelo Centro Universitário do Norte (Uninorte) . Mestranda pelo programa Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA-UFAM). Faz parte do Grupo de Pesquisa: Corpo, corporeidade e multiculturalidade (UFAM). Devolve estudos sobre o conceito de Corpo e Morte em contexto pandêmico de Covid-19.

Daniela Trindade, Universidade Federal do Amazonas

Funcionária pública vinculada à Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Estado do Amazonas-SEDUC/AM. Escola Estadual Professor Juracy Batista Gomes. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Amazonas (2015), Mestrado em Educação e Ensino de Ciências pela mesma Universidade (2017). Encontra-se cursando doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) (2018). Atua principalmente nas seguintes temáticas: educação, museus, corpo, ensino de ciências, divulgação científica e espaços não formais. Desenvolve estudos sobre o corpo na contemporaneidade, museus não convencionais como Museu do Seringal Vila Paraíso e Museus indígenas Kokama.

Artemis Soares, Universidade Federal do Amazonas

É Professora Titular da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas, onde ministra disciplinas da área Socioantropológica e da Ginástica. Graduada em Educação Física e em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (1973), com mestrado em Educação Física na Escola de Educação Física e Esporte na Universidade de São Paulo (1981). Doutorado em Ciências do Desporto na Universidade do Porto (1999). Atua no Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia - PPGSCA como professora e Membro da Coordenação para o biênio 2018/2020, tendo sido Vice-coordenadora nos biênios 2012/1014 e 2014/2016. Desempenhou a função de Diretora da FEFF nos períodos 1999/2003, 2004/2008 e 2013/2017.Fez Pos-doc em Paris, na Université Paris-5 (Paris-Descartes) e na Université Rennes 2. Foi professora visitante da Université Rennes 2 em 2018/2019. É coordenadora do Grupo de Pesquisa ?Educação Física, CORPO, CORPOREIDADE E MULTICULTURALIDADE ? UFAM, atuando principalmente em temas relativos a estudos socio-culturais-desportivos, povos tradicionais e ginástica rítmica. É membro da Academia Amazonense de Letras ocupando a cadeira num. 40 desde novembro de 2017. É membro da Academia Brasileira de Educação Física desde outubro/2019. Publicou cerca de 20 títulos como autora, co-autora e organizadora de livros além de capítulos de livros. Dentre algumas homenagens, destaca Diploma de Honra ao Mérito Profissional aos Pioneiros de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas, do Conselho Regional de Educação Física da 8º Região - CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR; Reconhecimento e Homenagem da Câmara Municipal de Manaus pelo dia Internacional da Mulher; Diploma de Honra ao mérito concedido pelo Governo do Estado pelos relevantes serviços prestados no campo da Educação Física. É Membro revisor da Revista Praxiologia Motriz da Universidade de las Palmas. Participou do Projeto de Pesquisa: Gênero, Etnicidade, Práticas Sociais e Corporais das Mulheres Sateré-Mawé em duas Comunidades Indígenas, no Amazonas Descrição: Esta pesquisa que contou com o aporte financeiro da Fapeam (Edital Universal), buscou averiguar de que forma as configurações de gênero aparecem entrelaçadas às práticas sociais das mulheres sateré-maw-e, dando especial relevo ao trabalho, à pintura corporal como expressão identitária, à atividade de parteira e ao ritual da moça nova nas comunidades Molongotuba e Umirituba, no rio Andirá, Amazonas. ID ORCID https://orcid.org/0000-0002-9678-293

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Publicado

2022-10-24