RELAÇÃO ENTRE OS CONTROLES ESTRUTURAIS E A REDE DE DRENAGEM DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MUNDAÚ

Autores

  • Jonas Herisson Santos de Melo Universidade Federal de Alagoas
  • Kleython de Araújo Monteiro Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.21170/geonorte.2022.V.13.N.41.152.166

Palavras-chave:

Análise morfométrica; Geomorfologia; Dinâmica do relevo

Resumo

A compreensão da dinâmica da paisagem sempre esteve no centro das análises geomorfológicas. As bacias hidrográficas receberam grande destaque devido a sua dinâmica e seu papel para a evolução do relevo e de suas formas, fazendo-se necessária uma abordagem cada vez mais detalhada das relações entre as redes de drenagem e o relevo. Desta forma, a presente pesquisa focou na análise da Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú (BHRM) e quatro (04) de suas sub bacias, através da aplicação de índices morfométricos como a Relação de Bifurcação (Rb), análise de Curvas e Integrais Hipsométricas (HI) e o Fator de Assimetria de Bacia de Drenagem (FABD). Estabelecendo relações com o substrato rochoso e a presença de falhas e zonas de cisalhamento, verificou-se que, em sua maioria, as sub bacias tem seu relevo em estado maduro, onde há um grande percentual de homogeneidade geológica, predominando rochas metamórficas, que não apresentam grande influência estrutural sobre a rede de drenagem. Além disso, em sua maioria as sub bacias possuem basculamento para o flanco esquerdo, muito provavelmente influenciados pela presença de falhas e zonas de cisalhamento. Desta forma foi possível verificar determinadas condições que contribuem para a compreensão do estágio do relevo atual, da BHRM como um todo, contribuindo para um melhor entendimento de suas dinâmicas.

Referências

BRUNSDEN, D., J. B. THORNES. “Landscape Sensitivity and Change.” Transactions of the Institute of British Geographers, vol. 4, no. 4, 1979.

CORRÊA, A. C. B.; TAVARES, B. A. C.; MONTEIRO, K. A.; CAVALCANTI, L. C. S.; LIRA, D. R. Megageomorfologia e Morfoestrutura Do Planalto Da Borborema. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 31 (1/2), p.35-52, 2010.

CORREA, A. C. B.; MONTEIRO, K. A. REVISITANDO AS SUPERFÍCIES DE APLAINAMENTO: NOVOS ENFOQUES E IMPLICAÇÕES PARA A GEOMORFOLOGIA GEOGRÁFICA. Humboldt - Revista de Geografia Física e Meio Ambiente, v. 1, p. 1-26, 2021.

COX, R.T. Analysis of drainage basin symmetry as a rapid technique to identify areas of possible Quaternary tilt-block tectonics: an example from the Mississippi Embayment. Geol. Soc. Am. Bull, v. 106, p. 571-581, 1994.

CRICKMAY, C.H. (1959) A preliminary inquiry into the formulation and applicability of the geological principle of uniformity. Calgary, Evelyn de Mille Books, 53p.

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Brasília: CPRM, 2009.

DAVIS, W.M. 1889. The geographycal cycle. Geographycal Journal, v.14, p.481-504.

GROHMANN, C. H.; RICCOMINI, C. Análise digital de terreno e evolução de longo-termo de relevo do centro-leste brasileiro. Revista do Instituto de Geociências – USP. Geol. USP, Sér. cient., São Paulo, v. 12, n. 2, p. 12-150, 2012.


HACK, J. Interpretation of erosionsal topography in humid temperate regions. Amer. Journal of Science, v. 1, n. 4, p. 80-97, 1960.


HARE P.W; GARDNER I.W. Geomorphic indicators of vertical neotectonism along converging plate margins. Nicoya Peninsula, Costa Rica. In: Morisawa M & Hack J.T (eds.) Tectonic Geomorphology. Procedings 15th. Annual Binghamton Geomorphology Simp. 1984.


HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Geological Society of America Bulletin, v. 56, p. 275-370, 1945.


HOWARD, A.D. 1965. Geomorphologycal systems-equilibrium and dynamics. American Journal Science, v.263, p.302-312.

LASZLO, M. J., ROCHA, P.C. 2014. “COMPOSIÇÃO HIERARQUICA DOS CANAIS FLUVIAIS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS AGUAPEÍ E PEIXE”. REVISTA GEONORTE 5 (20), 228 -32.


LEOPOLD, L. B., and Langbein, W. B., 1962, The concept of entropy in landscape evolution: U.S. Geol. Survey Prof. Paper 500-A, 20 p.


MONTEIRO, K. A.; CORRÊA, A. C. B. Análise dos perfis longitudinais dos rios Sirinhaem, una e Mundaú (PE/AL) a partir da aplicação do índice de Hack. Revista contexto geográfico Maceió-AL v. 1. N.1, p. 85 – 93, 2016.

PENCK (1953) Morphological analysis of land forms: a contribution to physical geology; trad. de Hella Czech. e Catherine C. Boswell. London, Macmillan. 429p.

SILVA, T.M; SANTOS, B.P. SISTEMAS DE DRENAGEM E EVOLUÇÃO DA PAISAGEM. Revista Geográfica Acadêmica v.4, n.1(2010).

STRAHLER, A. N., 1957, Quantitative analysis of watershed geomorphology: Am. Geophys. Union Trans., v. 38, no. 6, p. 913-920.

STRAHLER, A.N. Hypsometric (area-altitude) analysis and erosional topography. Geological Society of America Bulletin, v. 63, p. 1117-1142, 1952.


VARGAS, K.B.; SORDI, M.V. Integral Hipsométrica Aplicada A Bacias Hidrográficas Em Áreas De Borda Planáltica No Centro Norte Paranaense. XI SINAGEO. 2016.


VERSTAPPEN, H. T. Applied Geomorphology geomorphological surveys for environmental development. New York: Elsevier, 1983 (57–83).

Downloads

Publicado

2022-07-01

Como Citar

Santos de Melo, J. H., & Monteiro, K. de A. (2022). RELAÇÃO ENTRE OS CONTROLES ESTRUTURAIS E A REDE DE DRENAGEM DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MUNDAÚ. REVISTA GEONORTE, 13(41). https://doi.org/10.21170/geonorte.2022.V.13.N.41.152.166

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)