CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO NA AMAZÔNIA

Resumo

Este artigo explora a relação entre Psicologia, educação e direitos humanos no contexto amazônico, destacando os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à educação na região. A análise fundamenta-se na Teoria Histórico-Cultural e na Teoria da Atividade, articulando-as com a perspectiva decolonial e o conceito de florestania, proposto por Ailton Krenak (2019). Argumenta-se que a educação na Amazônia deve transcender os paradigmas tradicionais de cidadania, integrando os saberes ancestrais, a sustentabilidade ambiental e as especificidades culturais das comunidades locais. A noção de florestania é apresentada como um caminho para uma educação amazonense que, ao respeitar e valorizar a vida na floresta, fomente a construção de práticas pedagógicas interculturais e contextualizadas. Propõe-se que a Psicologia Educacional atue como mediadora na promoção de uma educação transformadora, enraizada nas realidades locais e comprometida com a formação de sujeitos autônomos e críticos. Por fim, destaca-se a necessidade de políticas públicas que promovam uma educação inclusiva, sustentável e conectada às demandas sociais e ambientais da Amazônia.