Um estudo das práticas de ensino-aprendizagem de língua portuguesa para alunos surdos em uma escola estadual inclusiva de Manaus

Authors

  • Glória Alegria Coêlho de Sá Secretária de Estado de Educação e Desporto - SEDUC/AM
  • Grace dos Anjos Freire Bandeira Universidade Federal do Amazonas - UFAM

DOI:

https://doi.org/10.29280/rappge.v8i1.12395

Keywords:

Ensino-aprendizagem de língua portuguesa, Escola estadual inclusiva, Alunos surdos

Abstract

The present investigation analyzed the teaching-learning practices of the Portuguese language for deaf students in an inclusive state school managed by SEDUC/AM in Manaus city-AM. Based on  interactionism theory applied to the teaching of Portuguese language for deaf, as, fundamentally, in Figueiredo (2019), Salles et al. (2004) and other authors, and also considering what is provided by Law No. 10,436, of April 24, 2002 (BRASIL, 2002), and in Decree No. 5,626, of December 22, 2005 (BRASIL, 2005), about language teaching – Libras and Portuguese Language – in inclusive school, this study sought, as specific objectives: to investigate the teaching-learning practices from the perspective of Portuguese language teacher; to identify the difficulties faced by the teacher to teach these students; and reflect on the role of other school agents in the teaching-learning process of deaf students in inclusive schools. Of a qualitative nature and case study method (OLIVEIRA, 2012), the questionnaires applied (MARCONI; LAKATOS, 2003) to Portuguese language teachers and school agents revealed that teachers, although they face difficulties with regard to the teaching-learning of Portuguese language in the classroom, they try to use different strategies to solve them, and that mediation in Portuguese language classes for deaf students happens, above all, by translators and interpreters.

Author Biographies

Glória Alegria Coêlho de Sá, Secretária de Estado de Educação e Desporto - SEDUC/AM

Mestra em Estudos da Linguagem pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL-UFAM, 2022). Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e suas Literaturas (UEA, 2016). Graduada em Letras - Língua e Literatura Portuguesa (2012) e Língua e Literatura Francesa (2008) ambas pela UFAM. Tem experiência como Professora de Francês. É Professora de Língua Portuguesa da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC/AM) desde 2013, atuando no Ensino Fundamental II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Integra, atualmente como bolsista, o subprojeto de Língua Francesa do Programa de Residência Pedagógica/UFAM na modalidade de Preceptora, orientando alunos de graduação do curso de Letras - Língua Francesa na Escola Estadual de Tempo Integral Elisa Bessa Freire. Pesquisa os seguintes temas: ensino-aprendizagem de língua portuguesa, língua francesa e inclusão.

Grace dos Anjos Freire Bandeira, Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Estágio Pós-Doutoral em Linguística Portuguesa pela Universidade de Coimbra, Portugal. Doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná, Brasil. Professora Associada de Língua e Literatura Latina da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas, onde leciona, em nível de graduação, disciplinas pertinentes à História do Português, ao Latim Clássico e à Literatura Latina. Coordenadora do Projeto de Pesquisa Cartas dos séculos XIX e XX: organização de um corpus diacrônico do português registrado no Amazonas no período áureo da borracha e membro efetivo do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFAM. Ocupa-se, especialmente, de pesquisas de natureza diacrônica e de estudos de descrição do português brasileiro, como os relacionados ao pronome reflexivo “se".

References

AMAZONAS. Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual de Ensino do Amazonas – Capital e Interior. Manaus: SEDUC/AM, 2020. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/186eH3tOWdF46CcnREzQXv1cjIFcRm8N_/view>. Acesso em: 20 dezembro 2021.

BARDIN, Laurence. (1977). Análise de Conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. 3. ed. São Paulo: Edições 70, 2016.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 02 setembro 2019.

BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/D5626.htm. Acesso em: 6 agosto 2019.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. Brasília, DF: Presidência da República, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em: 6 agosto 2019.

CAMPOS, Mariana. de Lima. Isaac. Leandro. Educação Inclusiva para surdos e as políticas vigentes. In: LACERDA, Cristina. Broglia. Feitosa de; SANTOS, Lara. Ferreira. (org.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de surdos. 1. ed. São Paulo: EduFSCar, 2018, p. 37-61.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha. 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 15 outubro 2020.

DIAS JUNIOR, Jurandir Ferreira. Ensino da língua portuguesa para surdos: contornos de práticas bilíngues. 2010. 113 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Linguagem) – Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2010.

FARIAS, Francisca. Neuza. Almeida. As Práticas de professores de língua portuguesa com alunos surdos no ensino básico: uma pesquisa ação. 2017. 147 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2017.

FERNANDES, Sueli. Avaliação em língua portuguesa para alunos surdos: algumas considerações. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 2007.

FERNANDES, Sueli de Fátima. Educação bilíngue para surdos: identidades, diferenças, contradições e mistérios. 2003. 213 f. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.

FERREIRA, Windyz. Brazão. Educação Inclusiva: Será que sou a favor ou contra uma escola de qualidade para todos??? Revista da educação especial. Brasília, n. 1, p. 40-46, out., 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/pec-g/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12626-revista-inclusao-nd1>. Acesso em: 27 setembro 2020.

FIGUEIREDO, Francisco. José. Quaresma de. Vygotsky: a interação no ensino/aprendizagem de línguas. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2019.

GOMES, Jannine. da Cunha. Educação inclusiva: quem se responsabiliza? 1. ed. Curitiba, Appris, 2018.

LACERDA, C. B. F. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, n. 69, p. 163-184, mai./ago., 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-32622006000200004&Ing=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 20 fev. 2020.

LACERDA, Cristina. Broglia. Feitosa de.; SANTOS, Lara. Ferreira dos.; CAETANO, Juliana. Fonseca. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. In: LACERDA, Cristina. Broglia. Feitosa de.; SANTOS, Lara. Ferreira dos. (org.). Tenho um aluno surdo, e agora? 1. ed. São Paulo: EduFSCar, 2018, p. 37-61.

MARCONI, Marina de Andrade.; LAKATOS, Eva. Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEDEIROS, Daniela.; GRÄFF, Patrícia. Bilinguismo: Uma proposta para surdos e ouvintes. Revista de Educação do IDEAU. v. 7, n. 16, julho - dezembro 2012, Semestral. Disponível em: <http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/38_1.pdf.> Acesso em: 21 setembro 2015.

MONTEIRO, Marta. de Faria. e Cunha. Representações de professores de inglês em serviço sobre a abordagem instrumental: um estudo de caso. 2009. 93 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) – Departamento de Linguística, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.

MOURA, Maria. Cecilia de. Atendimento educacional especializado: estudante surdo – reflexões sobre a identidade, cultura e comunidade. In: GIROTO, Claudia. Regina. Mosca.; MARTINS, Sandra. Eli. Sartoreto. de Oliveira.; BERBERIAN, Ana. Paula. (org.). Surdez e educação inclusiva. Marília: Cultura acadêmica, 2012, p. 97-117.

OLIVEIRA, Maria. Marly. Como fazer pesquisa qualitativa. 4. ed. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2012.

PEREIRA, Maria. Cristina. da Cunha. O ensino de português como segunda língua para surdos: Princípios teóricos e metodológicos. Educar em revista. n. 2, p. 143-157, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/er/nspe-2/11.pdf>. Acesso em: 26 março 2020.

QUADROS, Ronice. Müller de.; SCHMIEDT, Magali. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2006.

RICHARDS, Jack.; RODGERS, Theodore. Approaches and methods in language teaching: a description and analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

RODRIGUES, Suelem. Maquiné. Professores de língua portuguesa e alunos surdos do ensino médio integrado do IFAM/CMC: considerações acerca do processo inclusivo. 2020. 134 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus Centro, 2020.

SALLES, H; FAULSTICHET, E; CARVALHO, O; RAMOS, A. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica. Brasília, MEC/SEESP, 2004, v. 1 [139 p.].

SÁNCHEZ, Pilar. Arnaiz. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. Revista da educação especial. Brasília, n. 1, p. 7-18, out., 2005. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/pec-g/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12626-revista-inclusao-nd1>. Acesso em: 27 setembro 2020.

SANTOS, Gislaine dos. O ensino de língua portuguesa na modalidade escrita para o aluno surdo. Revista Diálogos. v. 4, n. 2, p. 203-223, 2016. Disponível em:. Acesso em: 26 março 2020.

SASSAKI, Romeu. Kazumi. Inclusão: paradigma do século XXI. Revista da educação especial. Brasília, n. 1, p. 19-23, out., 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/pec-g/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12626-revista-inclusao-nd1>. Acesso em: 27 setembro 2020.

SILVA, Wellington. Jhonner. Divino. Barbosa da. Práticas de ensino de língua portuguesa escrita como segunda língua para surdos. 2016. 129 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Unidade Acadêmica Especial de Educação, Universidade Federal de Goiás Regional Catalão, Goiânia, 2016.

SIQUEIRA, Ariela. Soraya. do Nascimento. Surdez, linguagem e educação: quem ouve o sujeito surdo? 2015. 137 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.

VYGOTSKY, Lev. Semyonovich. (1984) A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Published

2023-12-22

How to Cite

COÊLHO DE SÁ, G. A.; BANDEIRA, G. dos A. F. Um estudo das práticas de ensino-aprendizagem de língua portuguesa para alunos surdos em uma escola estadual inclusiva de Manaus. Revista Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 1–23, 2023. DOI: 10.29280/rappge.v8i1.12395. Disponível em: //www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonida/article/view/12395. Acesso em: 17 may. 2024.