MULHER NEGRA NA ARENA PORNÔ-ERÓTICA DO PÓS-ABOLIÇÃO CARIOCA

EMBATES ENTRE O FEMININO GENTRIFICADO DO RIO NU E O FEMININO VIVIFICANTE DE GILKA MACHADO

Autores

  • Marina Vieira de Carvalho Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.38047/rct.v11i2.6655

Palavras-chave:

pornô-erotismo, relações de gênero, raça e classe, Gilka Machado

Resumo

Essa pesquisa analisa o imaginário pornô-erótico sobre a mulher negra no pós-abolição carioca. Nessa ordem discursivase confrontaram o que chamamos de “potências pornô-eróticas masculinas” – o periódico Rio Nu(1898-1916)– e “potências pornô-eróticas femininas” – a poesia de Gilka Machado. Tais produções, recorrendo a diferenciadossignificados para as performances de gênero - interseccionados por questões de classe e raça - criaram diferentes tipos ficcionais de mulher na disputa pela construção de uma sensibilidade erótica moderna. A irrupção da poesia erótica de Gilka Machado – mulher, afrodescendente e socioeconomicamente vulnerável -, transgrediu a própria tradição pornô-erótica ao alterar a condição feminina - de objeto para sujeito; bem como ao possibilitar outras representações para mulheres negras e pobresna alvorada da modernidade carioca.

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Publicado

2020-05-08

Como Citar

Carvalho, M. V. de. (2020). MULHER NEGRA NA ARENA PORNÔ-ERÓTICA DO PÓS-ABOLIÇÃO CARIOCA : EMBATES ENTRE O FEMININO GENTRIFICADO DO RIO NU E O FEMININO VIVIFICANTE DE GILKA MACHADO. Canoa Do Tempo, 11(2), 177–208. https://doi.org/10.38047/rct.v11i2.6655

Edição

Seção

Dossiê