O que o genoprofissiograma nos indica sobre as escolhas profissionais?

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Resumo

Escolher uma profissão não é tão simples como pode parecer. A primeira escolha, já que não é obrigatoriamente a única e última, acontece ao fim do Ensino Médio. Até esse momento da vida, o adolescente já vivenciou diversas experiências com profissões que foram construindo sua trajetória vocacional, levando-o a gostar de certas áreas e desgostar de outras. Entre os diversos fatores que podem influenciar essas escolhas, temos a família. Conhecer como o jovem está sendo influenciado pode auxiliar na orientação que a escola poderá fornecer a eles, a fim de que façam escolhas refletidas e com chances de realização profissional futura. Esse artigo é fruto da pesquisa realizada no Programa de Iniciação Científica-PIBIC, que teve como objetivo investigar a influência da família na escolha da carreira de jovens finalistas do Ensino Médio, a partir do uso de uma técnica chamada Genoprofissiograma. Participaram 33 alunos do terceiro ano do Ensino Médio, de uma escola pública da cidade de Humaitá/AM. Foi possível perceber as relações familiares implicadas nas escolhas profissionais de alguns jovens e, de alguma forma, levá-los a pensar sobre as escolhas realizadas até o momento, se estas refletem seus sonhos, desejos e ambições ou se retratam uma transmissão geracional profissional.

 

Palavras-chave: Escolhas Profissionais; Desenvolvimento Vocacional; Famílias; Genoprofissiograma; Ensino Médio.

Biografia do Autor

Ana Carolina Trindade Morais, Universidade Federal do Amazonas

Discente do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas- UFAM, campus de Humaitá.

Fabiana Soares Fernandes Leal, Universidade Federal do Amazonas

Graduada em Psicologia com Doutorado também em Psicologia pela Universidade do Porto/Portugal. Atualmente é docente da Universidade Federal do Amazonas, campus IEAA, localizado no município de Humaitá/AM, Brasil. Atua nos cursos de graduação e pós-graduação nesse campus.

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Publicado

2023-07-31