PESQUISA COMPARATIVA COM O ESTUDO DA PSICOLOGIA TRANSCULTURAL SOBRE A PERCEPÇÃO SOBRE OS ATENDIMENTOS COM PACIENTES PSIQUIÁTRICOS.

Autores

  • Thomaz Décio Abdalla Siqueira Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Resumo

RESUMO 

            (INTRODUÇÃO)      Entendemos a Psiquiatria como um campo do conhecimento advindo de uma prática médica, enquanto que a Saúde Mental engloba todas as diversas formas de atuação profissional, na questão do doente mental. Isso permite abordamos o assunto desde a História Clássica da Psiquiatria até a atualidade e o modo como são planejados e executados os atuais Programas de Saúde Mental tanto no Brasil quanto no Japão, exigindo dos referidos profissionais de enfermagem com especialização em psiquiatria, experiências e conhecimentos, tanto da Psiquiatria como especialidade, como do arsenal teórico e metodológico de Saúde Pública, inclusive do que chama Planejamento de Saúde, que ora se impõe, também como uma prática política.           É necessário afirmar, também, que existem várias teses acerca do objeto da medicina, reflexo de toda uma luta teórica que existe entre as correntes filosóficas às quais se encontram relacionadas, no momento atual. Tentaremos restringir essa discussão utilizando a mais recente produção teórica acerca da Psiquiatria e de sua prática, a nível das propostas oficiais da chamada Política de Saúde Mental que envolve os profissionais de enfermagem em uma pesquisa de campo transcultural (Cross Cultural Psychology). (METODOLOGIA) Este estudo foi realizado através de um questionário em uma população de 184 enfermeiros de hospitais psiquiátricos da cidade de Okayama – Japão, sendo 38 do sexo masculino e 142 do sexo feminino, 04 respondentes não responderam esse item (missing value), com a idade média de 39 anos. No Brasil a pesquisa foi desenvolvida na cidade de São Paulo com uma população de 144 enfermeiros, sendo 49 do sexo masculino e 93 do sexo feminino, 02 respondentes não responderam esse item, com a idade média de 32 anos. Os dados foram cruzados, observando que tanto os japoneses quanto os brasileiros apresentaram atitudes preconceituosas em relação à possibilidade de um ex-paciente de doença mental trabalhar em atividades onde se requer capacidade intelectual mais estruturada, aceitando apenas que o ex-paciente engaje em atividade que requer habilidade manual. Este estudo evidencia que o instrumento utilizado na coleta de dados foi eficiente em detectar as opiniões de profissionais na área de saúde, podendo ser útil e adaptado para outras áreas de atuação profissional. (RESULTADOS)          A população japonesa apresentou uma significai alta de 0.1% em relação ao conhecimento sobre doença mental e ideologia sobre higiene mental. Isto significa que os enfermeiros no Japão apresentaram um bom estereótipo sobre paciente mental. Todavia há uma exceção em aceitar o ex-paciente mental na performance de trabalho. (CONCLUSÃO) Foi relevante que tanto no Brasil quanto no Japão os ex-pacientes mentais são confiáveis para trabalho em atividades manuais (unsophisticated job). Isso significa que o currículo formal do curso de enfermagem necessita que seja melhor trabalhado as questões da saúde mental para que haja uma mudança nos profissionais de saúde. Este estudo provou que o instrumento “questionário” foi um bom “approach” para medir atitude de pessoas e que pode ser usado em outros profissionais na área de saúde e apenas que se faça uma adaptação para cada profissão.

(INTRODUÇÃO)      Entendemos a Psiquiatria como um campo do conhecimento advindo de uma prática médica, enquanto que a Saúde Mental engloba todas as diversas formas de atuação profissional, na questão do doente mental. Isso permite abordamos o assunto desde a História Clássica da Psiquiatria até a atualidade e o modo como são planejados e executados os atuais Programas de Saúde Mental tanto no Brasil quanto no Japão, exigindo dos referidos profissionais de enfermagem com especialização em psiquiatria, experiências e conhecimentos, tanto da Psiquiatria como especialidade, como do arsenal teórico e metodológico de Saúde Pública, inclusive do que chama Planejamento de Saúde, que ora se impõe, também como uma prática política.            É necessário afirmar, também, que existem várias teses acerca do objeto da medicina, reflexo de toda uma luta teórica que existe entre as correntes filosóficas às quais se encontram relacionadas, no momento atual. Tentaremos restringir essa discussão utilizando a mais recente produção teórica acerca da Psiquiatria e de sua prática, a nível das propostas oficiais da chamada Política de Saúde Mental que envolve os profissionais de enfermagem em uma pesquisa de campo transcultural (Cross Cultural Psychology). (METODOLOGIA) Este estudo foi realizado através de um questionário em uma população de 184 enfermeiros de hospitais psiquiátricos da cidade de Okayama – Japão, sendo 38 do sexo masculino e 142 do sexo feminino, 04 respondentes não responderam esse item (missing value), com a idade média de 39 anos. No Brasil a pesquisa foi desenvolvida na cidade de São Paulo com uma população de 144 enfermeiros, sendo 49 do sexo masculino e 93 do sexo feminino, 02 respondentes não responderam esse item, com a idade média de 32 anos. Os dados foram cruzados, observando que tanto os japoneses quanto os brasileiros apresentaram atitudes preconceituosas em relação à possibilidade de um ex-paciente de doença mental trabalhar em atividades onde se requer capacidade intelectual mais estruturada, aceitando apenas que o ex-paciente engaje em atividade que requer habilidade manual. Este estudo evidencia que o instrumento utilizado na coleta de dados foi eficiente em detectar as opiniões de profissionais na área de saúde, podendo ser útil e adaptado para outras áreas de atuação profissional. (RESULTADOS)          A população japonesa apresentou uma significai alta de 0.1% em relação ao conhecimento sobre doença mental e ideologia sobre higiene mental. Isto significa que os enfermeiros no Japão apresentaram um bom estereótipo sobre paciente mental. Todavia há uma exceção em aceitar o ex-paciente mental na performance de trabalho. (CONCLUSÃO) Foi relevante que tanto no Brasil quanto no Japão os ex-pacientes mentais são confiáveis para trabalho em atividades manuais (unsophisticated job). Isso significa que o currículo formal do curso de enfermagem necessita que seja melhor trabalhado as questões da saúde mental para que haja uma mudança nos profissionais de saúde. Este estudo provou que o instrumento “questionário” foi um bom “approach” para medir atitude de pessoas e que pode ser usado em outros profissionais na área de saúde e apenas que se faça uma adaptação para cada profissão.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental, Higiene Mental, Enfermeiros Psiquiátricos, Psicologia Transcultural.

 

ABSTRACT 

(INTRODUCTION) We understand Psychiatry as a field of knowledge arising from a medical practice, while Mental Health encompasses all the different forms of professional performance, in the issue of the mentally ill. This allows us to approach the subject from the Classic History of Psychiatry until today and the way in which the current Mental Health Programs are planned and executed both in Brazil and in Japan, demanding from the referred nursing professionals with specialization in psychiatry, experiences and knowledge, both from Psychiatry as a specialty, as well as from the theoretical and methodological arsenal of Public Health, including what is called Health Planning, which now imposes itself, also as a political practice. It is also necessary to affirm that there are several theses about the object of medicine, reflecting an entire theoretical struggle that exists between the philosophical currents to which they are related, at the present moment. We will try to restrict this discussion using the most recent theoretical production about Psychiatry and its practice, at the level of the official proposals of the so-called Mental Health Policy that involves nursing professionals in a cross-cultural field research (Cross Cultural Psychology). (METHODOLOGY) This study was carried out through a questionnaire in a population of 184 nurses from psychiatric hospitals in the city of Okayama - Japan, 38 male and 142 female, 04 respondents did not answer this item (missing value), with the average age of 39 years. In Brazil the research was carried out in the city of São Paulo with a population of 144 nurses, 49 of whom were male and 93 female, 02 respondents did not answer this item, with an average age of 32 years. The data were cross-checked, noting that both the Japanese and the Brazilians had prejudiced attitudes towards the possibility of an ex-mental illness patient working in activities where more structured intellectual capacity is required, accepting only that the ex-patient engages in an activity that requires manual skill. This study shows that the instrument used in data collection was efficient in detecting the opinions of health professionals, and can be useful and adapted to other areas of professional practice. (RESULTS). The Japanese population showed a significant increase of 0.1% in relation to knowledge about mental illness and ideology about mental hygiene. This means that nurses in Japan presented a good stereotype about mental patients. However, there is an exception in accepting the former mental patient in work performance. (CONCLUSION) It ​​was relevant that both in Brazil and in Japan, former mental patients are reliable for working in unsophisticated jobs. This means that the formal curriculum of the nursing course requires that mental health issues be better addressed in order for health professionals to change. This study proved that the “questionnaire” instrument was a good “approach” to measure people's attitudes and that it can be used by other professionals in the health area and only that an adaptation be made for each profession. 

KEYWORDS: Mental Health, Mental Hygiene, Psychiatric Nurses, Transcultural Psychology. 

Biografia do Autor

Thomaz Décio Abdalla Siqueira, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Professor Titular, Classe E da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Desde 2017 é Presidente da Comissão Própria de Avaliação – CPA da UFAM.

Fonte: Kemel Barbosa (2020).

Downloads

Publicado

2020-11-15

Edição

Seção

Artigo Original