A EFICÁCIA DA ABORDAGEM DA DO TERAPIA COMPORTAMENTO RACIONAL EMOTIVO COM PRISIONEIROS EGRESSOS DA CASA DE DETENÇÃO “PROFESSOR FLAMÍNIO FÁVERO”.

Autores

  • Thomaz Décio Abdalla Siqueira Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas.

Resumo

RESUMO 

Estudo de caso com quatro reclusos da Casa de Detenção “Professor Flamínio Fávero”, do Complexo Penitenciário do Carandiru, em São Paulo. Os reclusos submeteram-se à Terapia Racional-Emotivo-Comportamental, criada por Albert Ellis, o qual enfatiza que os pensamentos e as crenças dos indivíduos determinam, em grande parte, os seus comportamentos. Ellis acredita que as crenças e os comportamentos individuais podem ser estudados e analisados objetivamente e o papel do terapeuta é possibilitar que o cliente perceba que as crenças o levam a ter esse ou aquele comportamento, e a partir disso, reorganizar suas crenças para fazer escolhas ou opções que o levem a viver feliz. Essas escolhas ou opções que o indivíduo fará resultam de aprendizagem, ou seja, Ellis elabora um modelo de aprendizagem para o tratamento de distúrbios emocionais e desvios de comportamento. Esse modelo chama-se ABC da Terapia Racional-Emotivo-Comportamental, o qual pressupões que os eventos ativadores – “A” – constituem pessoas e coisas com as quais os indivíduos se deparam; que os pensamentos, cognições ou idéias – “B” – constituem as noções e crenças que os indivíduos têm de “A”; e que os comportamentos e sentimentos – “C” – constituem as reações provocadas por “B”. Esse modelo se completa com o debate das crenças (D) e pela percepção de mudanças das crenças irracionais por parte do cliente (E). Para Ellis, o próprio cliente é responsável pela sua mudança comportamental. O objetivo geral dos estudos realizados, consistiu em possibilitar aos reclusos elaborarem pensamentos e crenças compatíveis com a realidade social, permitindo-lhes adotarem comportamentos compatíveis com essa realidade. As sessões terapêuticas foram realizadas, registrando os depoimentos e pensamentos. Nos resultados, aparecem as avaliações, analisando as crenças e os comportamentos exibidos durante as sessões e os encontros ocorridos depois que os reclusos receberam o indulto especial e condicional por Decreto Presidencial n.° 1860/96.

 

Palavras-Chave: Terapia do Comportamento Racional Emotivo; Terapia Cognitiva Comportamental; Psicologia Social; Psicologia Forense; Psicologia Criminal. 

ABSTRACT

         This work presents a psychological treatment of four men prisoners undertaken in 1996 at the Casa de Detenção “Professor Flamínio Fávero”, at the Penitentiary Complex of Carandiru in São Paulo (Brazil). In the first chapter, the author relates his previous experience in the feminine prison at the Complex of Carandiru in 1982, when he accomplished his probation at the Psychological Service. For Ellis, the client himself is responsible for his behavior’s change. In the third chapter, the author explains the general aim of this work which consisted in making the four men prisoners elaborate thoughts and beliefs which are compatible with the social reality in which they live, allowing them to adopt compatible behaviors in this reality. In the next chapter, the author relates the therapeutic sessions carried out with the four men prisoners, recording their ideas and beliefs. In the conclusion, the author presents his evaluation, analyzing the beliefs and behaviors displayed by the prisoners during the therapeutic sessions and during the dates occurred after the four men prisoners had received the special and conditional indult, according to the Presidential decree, n.° 1860/96, when they finally left the Casa de Detenção “Professor Flamínio Fávero.

Key words: Therapy of Rational Emotional Behavior; Behavioral Cognitive Therapy; Social Psychology; Forensic Psychology; Criminal Psychology.

Biografia do Autor

Thomaz Décio Abdalla Siqueira, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas.

Professor Titular, Classe E da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Desde 2017 é Presidente da Comissão Própria de Avaliação – CPA da UFAM.

Fonte: Kemel Barbosa (2020).

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Publicado

2020-11-15

Edição

Seção

Artigo Original