Descrição etnográfica da magia que contagia: dança do cordão do africano

Autores

  • Kirna Karoleni Vitor Gomes Universidade Federal do Amazonas

Resumo

O presente ensaio, de caráter científico, tem como objetivo compreender a dança do Cordão do Africano como um marco cultural no município de São Paulo de Olivença, situado na região do Alto Rio Solimões-AM. A Dança em pauta está intrinsecamente enraizada na cultura popular do município, representando parte da Identidade Cultural e Social da Comunidade, transmitida de geração em geração, como uma prática imprescindível na história daquela comunidade. A dança foi trazida por alguns cidadãos negros que ancoraram no porto principal da Aldeia Kambeba daquela localidade, num processo de imigração para o Amazonas. Essa manifestação popular tornou-se a mais importante expressão de resistência cultural no município. É uma Dança cadenciada de acordo com os ritmos dos tambores. Seus movimentos são simples: os brincantes fazem um formato de Cordão humano. No momento da entrada, reverenciam os membros que tocam na banda, cantam canções feitas por eles mesmos. Do mesmo modo, confeccionam suas próprias vestimentas; as máscaras apresentam características físicas dos negros, ou seja, são feitas de tecido preto, no intuito de realçar os lábios grossos e avermelhados. Como subsídio teórico, a literatura antropológica norteou significativamente as noções de cultura, dança e negros na Amazônia, em contexto indígena, entre outras noções.

Biografia do Autor

Kirna Karoleni Vitor Gomes, Universidade Federal do Amazonas

Antropologa / Universidade Federal do Amazonas-UFAM. Mestranda em Antropologia Social pelo Programa de Prós-Graduação em Antropologia Social /PPGAs. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Cultural e Antropologia da Amazônia Indígena. Atuando nas temáticas: Amazônia, Políticas Culturais no Alto Solimões e Cultura Indígena e Afro-Brasileira.

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Publicado

2019-01-12

Edição

Seção

Artigos Livres