The Decolonization of Brazilian Academic Thought
An Essay About Discourse Analysis
DOI:
https://doi.org/10.69696/somanlu.v25i1.17778Keywords:
Eurocentrism, intellectual colonization, Discourse AnalysisAbstract
This essay proposes a critical reflection on the persistence of Eurocentrism in Brazilian academic thought, analyzing its historical roots and the contemporary implications of Eurocentric approaches. Beginning with a historical review of Brazil's intellectual colonization, it discusses how the structuring of Brazilian universities, modeled after European standards, has cemented an epistemological dependency. Drawing on the theoretical contributions of Michel Foucault and scholars of Discourse Analysis, the essay argues that the uncritical reproduction of foreign theories restricts the development of indigenous knowledge. It concludes by asserting the urgency of a conscious decolonization of knowledge, one that values local perspectives and promotes an epistemological anthropophagy.
Downloads
References
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2019.
ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. In: ANDRADE, Oswald (Org.). Oswald de Andrade: Obras Completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1928.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2000.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Porto Alegre: Globo, 1958.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1936.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2017.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais: projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes. Análise do Discurso e decolonialidade: diálogos possíveis. São Paulo: Parábola, 2019.
ORLANDI, Eni. Ler Michel Pêcheux hoje. In: ORLANDI, Eni (Org.). Análise de discurso: Michel Pêcheux. Campinas: Pontes Editores, 2012.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.
PIOVEZANI, Carlos; SARGENTINI, Vanice. Legados de Michel Pêcheux e paradoxos da Análise do discurso no Brasil. In: PIOVEZANI, C; SARGENTINI, V. (orgs.). Legados de Michel Pêcheux inéditos em análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2011.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para descolonizar o Ocidente: mais além do pensamento abissal. São Paulo: Edições Loyola, 2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-1930). São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. São Paulo: Duas Cidades, 2000.
SOARES, Thiago Barbosa. Descolonizar a análise do discurso brasileira: um ensaio acerca da formação imaginária eurocêntrica. Periferia, v. 15, p. e74881, 2023. DOI: 10.12957/periferia.2023.74881. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/periferia/article/view/74881. Acesso em: 25 jan. 2025.
SOARES, Thiago Barbosa. Viralatismo acadêmico: o culto colonial à episteme estrangeira. Conexão Tocantins. 29/05/2025. Disponível em: https://conexaoto.com.br/2025/05/29/viralatismo-academico-o-culto-colonial-a-episteme-estrangeira. Acesso em: 9 jun. 2025.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 1988.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Thiago Barbosa Soares

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos faz uso de licença Creative Commons de atribuição (CC BY 4.0)