Síndrome de Guillain-Barré variante atípica: relato de caso atendido em hospital universitário de Manaus-Am

Autores

  • Evellyn Kiyoku UFAM/HUGV
  • Ronaldo Marques Pontes Rabelo UFAM
  • Denis Birman UFAM
  • Karoliny da Silveira Vieira UEA
  • Massanobu Takatani UFAM
  • Nise Alessandra de Carvalho Souza UFAM

DOI:

https://doi.org/10.60104/revhugv9983

Palavras-chave:

Síndrome de Guillain-Barré - Paraparesia - Mielite

Resumo

A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polirradiculoneurite aguda autolimitada, com evolução de até dois meses, secundária a infecção bacteriana ou viral, ou vacinação, cuja patologia mostra lesão desmielinizante ou, mais raramente, axonal, de raízes nervosas e nervos periféricos em qualquer topografia, desde nervos cranianos até medula lombossacra. A forma clássica se caracteriza por tetraparesia, ascendente arreflexia, frequentemente associada a sintomas sensitivos e disautonomia, envolvendo inclusive o diafragma. O achado de dissociação albuminocitológica no líquor corrobora o diagnóstico e está presente em até 90% dos casos. O tratamento é composto por suporte multidisciplinar e, para alguns pacientes, plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa. Este relato visa descrever um paciente que esteve internado no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que apresentou SGB com clínica incomum, composta por retenção urinária, paraparesia crural, anestesia dolorosa em membros inferiores, e hipopalestesia abaixo de nível de vértebra torácica (T6), simulando lesão medular, com dissociação proteico-citológica, sem alteração em exame de imagem, e que apresentou melhora parcial após receber imunoglobulina endovenosa.

Referências

1. Yuki N, Hartung HP. Guillain–Barré Syndrome. N Engl J Med 2012; 366:2294-304.
2. Dimachkie MM, Barohn RJ. Guillain-Barré Syndrome and Variants. Neurol Clin. 2013 May; 31(2): 491–510.
3. Lestayo-O’Farrill Z, Hernández-Cáceres JL. Análisis del comportamiento del síndrome de Guillain-Barré. Consensos y discrepancias. Rev Neurol 2008; 46 (4): 230-237.
4. Seneviratne U. Guillain-Barré syndrome. Postgrad Med J 2000; 76:774–782.
5. Van den Berg B, Walgaard C, Drenthen J, Fokke C, Jacobs BC, Van Doorn PA. Guillain–Barré syndrome: pathogenesis, diagnosis, treatment and prognosis. Nat. Rev. Neurol. 10, 469–482 (2014).
6. Dimachkie MM, Saperstein DS. Acquired Immune Demyelinating Neuropathies. Continuum (Minneap Minn) 2014;20(5):1241–1260.
7. Hughes RA, Wijdicks EF, Benson E, et al. Supportive care for patients with GuillainBarré syndrome. Arch Neurol 2005;62:1194–1198. (1- 1,).
8. Van Doorn PA, Ruts L, Jacobs BC. Clinical features, pathogenesis, and treatment of Guillain-Barré syndrome. Lancet Neurol 2008;7:939–950.
9. Van den Berg B, Fokke C, Drenthen J, van Doorn PA, Jacobs BC. Paraparetic Guillain-Barré syndrome. Neurology. 2014 Jun 3;82(22):1984.
10. Takahide N, Norito K, Nortina S, Kei F, et al. Paraparetic Guillain-Barré syndrome: Extending the axonal spectrum. Neurology and Clinical Neuroscience. 2013 nov 1 (6) 224-226.

Downloads

Publicado

2021-11-22

Edição

Seção

Relato de Caso