Miastenia Gravis em Adolescente: Relato de Caso

Myasthenia Gravis in Adolescent: Case Report

Autores

  • Leticia Suzue Oya Kabashima HUGV
  • Yanna da Silva de Melo HUGV
  • Natacha Bezerra Mota HUGV
  • Tatiana Nazareth Ferreira Góes Teles
  • Luciana Gonçalves Siqueira

Palavras-chave:

Miastenia gravis. Insuficiência respiratória. Crise miastênica. Adolescentes. Tratamento.

Resumo

A miastenia gravis é uma doença autoimune da placa motora, caracterizada por fraqueza e fatigabilidade muscular. É mais comum em mulheres e apresenta uma distribuição bimodal: 10-30 anos e 50-70 anos. Pode se apresentar de duas formas: acometimento apenas ocular ou generalizado. O quadro clínico é marcado por comprometimento preferencialmente de musculatura ocular extrínseca, levando à ptose, diploplia e oftalmoparesia associado à fraqueza muscular após estimulação repetitiva. Em 75% dos pacientes, o timo encontra-se anormal. Este trabalho descreve uma adolescente que evoluiu com o quadro de crise miastênica, que colocou em risco sua vida, pois desconhecia o diagnóstico até então. Procedente do município de Tabatinga-AM, foi transferida ao Pronto Socorro Zona Sul em Manaus-AM com quadro de insuficiência respiratória, fraqueza do diafragma e musculatura intercostais. Durante internação e após elucidação diagnóstica, apresentou melhora satisfatória ao uso de plasmaférese, um dos tratamentos de escolha para este quadro. Este relato de caso tem como objetivo alertar a população médica quanto ao diagnóstico nos adolescentes, ressaltando a importância de apresentações clínicas que simulam o desconforto respiratório com etiologia não pulmonar.

Referências

Rybojad B, Lesiuk W, Fijałkowska A, Rybojad P, Sawicki P, Lesiuk L. Management of myasthenic crisis in a child- case reports. Anaesthesiol Intensive Ther. 2013;45(2):82–4.

VanderPluym J, Vajsar J, Dominique FJ, Mah JK. Clinical characteristics of pediatric Myasthenia: a surveillance study. J Pediatr. 2013;132(4):939-944.

Gilhus NE, Verschuuren JJ. Myasthenia gravis: subgroup classification and therapeutic strategies. Lancet Neurol. 2015;14:1023-1036.

Mourão A M, Araujo C M, Barbosa L S M, Gomez R S, Burns Ted M, Lemos S M, Aguiar et al. Tradução e adaptação transcultural do “Questionário de Qualidade de Vida Especifico para Miastenia Gravis 15 itens” para o Brasil. Arq. NeuroPsiquiatr. 2013;71(12): 955-958.

Osserman KE. Clinical Aspects in Myasthenia gravis. NY: Grune & Stratton, 1958. p. 79- 80.

Silvestri NJ, Wolfe GI. Myasthenia gravis. Semin Neurol. 2012;32(3):215-26.

Lorenzoni PJ, Augusto LP, Kamoi Kay CS, Scola R H, Werneck L C. Myasthenia gravis and thymus: long-termfollow-up screening of thymectomized and non-thymectomized patients. Arq. Neuropsiquiatr. 2013;71(7): 462-464.

Andrews PI. Autoimmune myasthenia gravis in childhood. Semin Neurol. 2004;24(1): 101-110.

Kimura K, Nezu A, Kimura S, Otsuki N, Kobayashi T, Nomura Y, Segawa M. A case of myasthenia gravis in childhood associated with chronic inflammatory demyelinating polyradiculoneuropathy. Neuropediatrics. 1998;29(2):108– 112.

Rodriguez M, Gomez M R, Howard FM Jr, Taylor WF. Myasthenia gravis in children: long-term follow-up. Ann Neurol. 1983;13(5):504–510.

Sugawara M, Wada C, Okawa S, Kobayas M, Abe E, Obara K, et al. Long-term follow up of thymus in patients with myasthenia gravis. J Neuroimmunol. 2010:121-124.

Skeie GO, Apostolski S, Evoli A, Gilhus NE, Illa I, Harms L, et al. Guidelines for treatment of autoimmune neuromuscular transmission disorders. Eur J Neurol. 2010;17:893–902.

Suzuki Y, Utsugisawa K, Suzuki S, Nagane Y, Masuda M, Kabasawa C. Factors associated with depressive state in patients with myasthenia gravis: a multicenter cross-sectional study. BMJ Open 2011; 1:1(2).

Soares S, Espinheira MC, Guardiano M, Maia AM, Campos MM, Guimarães MJE. Miastenia gravis na adolescência. Acta Pediatr Port. 2009;40(5):217-9.

Downloads

Publicado

2021-10-19

Edição

Seção

Relato de Caso