Prevalência de síndrome metabólica em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico na Amazônia Ocidental

The prevalence of metabolic syndrome in patients with systemic lupus erythematosus in the ocidental amazonia

Autores

  • Sileno de Queiroz Fortes Filho UFAM
  • Ana Carolina Quincó Muerza UFAM
  • Maíra Fernandes de Almeida HUGV/UFAM
  • Luiz Fernando de Souza Passos UFAM
  • Domingos Sávio Nunes UFAM

Palavras-chave:

Lúpus eritematoso sistêmico, síndrome metabólica, doença cardiovascular, fatores de risco.

Resumo

OBJETIVO: Analisar a prevalência de síndrome metabólica (SM), conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência insulínica, em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e correlacionar com dados demográficos, clínicos, terapêuticos e outros fatores de risco cardiovascular. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 125 mulheres, maiores de 18 anos, com idade média de 34,5 ± 10,2 anos, com diagnóstico de LES há no mínimo um ano. O diagnóstico da SM foi definido segundo os critérios de 2002 do National Cholesterol Education Program (NCEP). As variáveis analisadas foram idade, idade de início da doença, tempo de doença, critérios de 1997 do American College of Rheumatology (ACR) preenchidos, tabagismo, menopausa, sedentarismo, LDLcolesterol, uso de antimaláricos e dose acumulada de corticoesteroides. RESULTADOS: Das 125 pacientes estudadas, 60 (48%) apresentaram SM. A presença de SM foi significativamente associada ao acometimento renal (p<0,001) e a doses cumulativas maiores de corticoesteroides (p=0,007). As pacientes em uso de antimaláricos tiveram uma prevalência menor (p=0,044) de SM. CONCLUSÃO: A síndrome metabólica tem alta prevalência entre as pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, com correlação positiva para lesão renal e maior dose acumulada de corticoesteroides e teve como fator protetor o uso de antimaláricos.

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Publicado

2021-10-08

Edição

Seção

Artigo Original