Estudo experimental dos efeitos do óleo-resina de copaíba e do talco (silicato de magnésio hidratado) na pleura e parênquima pulmonar de ratos

Evaluation of the pleuropulmonary alterations after injection of copaiba oil and talc in the pleural space of mice – an experimental study

Autores

  • Fernando Luiz Westphal HBPM/HUGV
  • Luiz Carlos de Lima HBPM/HUGV
  • Valdir Florêncio da Veiga Júnior UFAM
  • Risonilce Fernandes Silva de Souza UEA
  • Saulo Brasil do Couto INPA
  • Tatiana Cortez Romero UFAM
  • Alfredo Coimbra Reichl UFAM

Palavras-chave:

Plantas medicinais; Fitoterapia; Pulmão; Pleura

Resumo

Objetivo: Identificar as alterações macroscópicas desencadeadas na pleura e parênquima pulmonar, após a injeção de óleo-resina de copaíba e talco no espaço pleural de ratos. Método: Foram utilizados 72 ratos da raça Rattus novergicus var. Wistar da mesma linhagem, machos, adultos, com peso médio de 191,6 g, randomizados em três grupos: copaíba, talco e simulação. As substâncias foram injetadas no espaço pleural direito dos animais, os quais foram mortos em 24, 48, 72 e 504h para análise macroscópica da pleura visceral e pulmão direito. Resultados: Os animais tratados com copaíba apresentaram média de reação inflamatória de grau 1,4 ± 0,27 no grupo de 24h; 2,66 ± 0,68 no grupo de 48h; 3,5 ± 0,42 no grupo de 72h e 3,66 ± 0,28 no grupo de 504h. Aqueles que receberam o talco apresentaram grau 1 ± 0,44 no grupo de 24h; 0,66 ± 0,26 no grupo de 48h; 1,16 ± 0,20 no grupo de 72h e 1,83 ± 0,49 no grupo de 504h. Durante a realização do experimento, cinco animais morreram, todos tratados com copaíba e pertencentes ao tempo de 504h. No período compreendido entre a cirurgia e o sacrifício, 51,4% dos animais apresentaram perda ponderal, principalmente aqueles tratados pelo fitoterápico. Não houve relação significativa entre a perda ponderal e o óbito dos roedores. Conclusão: Constatou-se uma maior mortalidade no grupo tratado com óleoresina de copaíba, que se mostrou muito irritante para a pleura e parênquima pulmonar de ratos, e o talco, levemente irritante. Novos estudos devem ser realizados a fim de aprimorar o uso do fitoterápico como agente esclerosante

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Publicado

2021-10-07

Edição

Seção

Artigo Original