Ana e o amor:

leitura fenomenológico-existencial de Clarice Lispector

Autores

Palavras-chave:

Percepção, Existencialismo, Fenomenologia, Clarice Lispector

Resumo

A fronteira entre a psicologia e a literatura é muito tênue. Ambas visam compreender como o ser humano se comporta no mundo e buscam conhecer melhor suas experiências e vivências. De um lado, temos uma ciência mais aprofundada que almeja entender os processos mentais, comportamentais e sócio interacionistas do ser humano. Do outro, temos a “arte das palavras”, definida por Aristóteles como mimese, ou seja, a arte que imita pela palavra. Logo, através da literatura podemos ver como uma determinada sociedade se comporta perante a determinado acontecimento e observar aspectos históricos com um grau maior de local de fala. A partir disso, este trabalho visa analisar a percepção da personagem Ana no conto Amor de Clarice Lispector. Especificamente buscando compreender sua visão de tempo, espaço, mundo e principalmente a de ser. Para tanto, estabeleceu-se, por meio da fenomenologia de Martin Heidegger, um retorno a diálogos filosóficos como o de Jean-Paul Sartre, a fim de buscar o sentido de ser e como a heroína do conto se vê diante disso. Conclui-se que o cotidiano é permeado por percepções que acrisolam e por situações que possibilitam reflexão sobre o existir e sua pluridimensionalidade.

Biografia do Autor

Jéssica Magaly da Silva Ferreira, Universidade Federal do Amazonas

Especialista em Psicologia Clínica de base fenomenológica Instituto Vision/Manaus. Psicóloga formada pela FAPSI/UFAM. E-mail: magalyferreira96@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4939-8497

Vinícius Milhomem Brasil, Universidade Federal do Amazonas

Mestrando do PPGL/UFAM. Graduado em Letras/UFAM. Discente do Curso de Psicologia FAPSI/UFAM. E-mail: brasilmilhomen@gmail.com Orcid: https://orcid.org./0000-0002-1528-3694

 

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Publicado

2021-12-31