A DINÂMICA CURRICULAR DO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS NO BRASIL FRENTE ÀS REFORMAS EDUCACIONAIS
Palabras clave:
História do Ensino de Ciências, Marcos Legais, RCA, BNCC, Reforma ou ContrarreformaResumen
O presente texto se propõe a realizar uma análise e descrição da dinâmica curricular do Ensino de Ciências no Brasil e sua evolução histórica partindo da década de 1930 até os dias atuais, refletindo sobre os impactos das mudanças no currículo, sua relação com a dinâmica social temporal especifica e o ensino após a reforma (contrarreforma) do ensino médio, bem como discutir possíveis convergências e divergências nas análises teóricas relevantes, observando a importância de debater as mudanças ocorridas no sistema educacional brasileiro apontando para a necessidade de compreender como a história do ensino de ciências e a contrarreforma impactou o Ensino de Ciências no país. Assim, por meio de uma revisão de literatura narrativa buscou-se analisar bibliografias e marcos legais acerca da organização de currículo para o Ensino de Ciências a partir da década de 1930 e o Ensino Médio após sua reforma. Observou-se que as reformas instituídas ao longo do tempo visavam estratificar e polarizar o ensino como um reflexo da sociedade. Manifestações de cunho social, político, cultural e ideológico, de ordem nacional e internacional, sempre fizeram parte da estruturação do ensino de ciências no Brasil, se convertendo em marcos legais que regeram e ainda regem o a educação brasileira. Foi averiguado que desde 2017 a imposição de alinhamento curricular, foram atribuídos por legislações federais e estaduais que impactaram diretamente no construto dos currículos da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias principalmente com a redução da carga horária específica na formação geral básica e a flexibilização dos conteúdos nos itinerários formativos. Dessa forma, verificou-se que o currículo do ensino de ciências pós reforma do Ensino Médio representa um desafio e uma oportunidade para a educação. A necessidade de integrar competências e habilidades propostas pela BNCC, promover abordagens interdisciplinares, utilizar tecnologias digitais de forma eficaz e garantir a inclusão e diversidade no ensino de ciências são aspectos cruciais a serem considerados, e garanti-los de forma efetiva ainda se mostra como uma utopia.