O poder e a autoridade dos autodesignados pajés na construção de uma expectativa de direito em comunidades quilombolas: Religiosidade e Territorialidade na Baixada Maranhense

Autores

  • Patrícia Portela Universidade Federal Fluminense
  • Cynthia Martins Universidade do Estado do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.29327/233099.11.1-5

Palavras-chave:

identidade e conflito social, território e domínio religioso

Resumo

O artigo se propõe perscrutar a relação entre saberes e práticas referidos ao universo religioso e os processos de afirmação de territorialidades e identidades étnicas em uma área de ocupação antiga, precisamente, nos municípios de Alcântara e Penalva, localizados na região conhecida como Baixada Maranhense. Nessas situações tomadas para análise elementos simbólicos da ordem do sagrado estão investidos na “terra” ou “território”, orientando a relação com os recursos naturais e as próprias relações sociais. Conforme buscaremos mostrar estes elementos simbólicos, investidos em práticas rituais e religiosas, organizam a vida social de maneira a reforçar a defesa de “territorialidades específicase de modos de vida próprios. Nesse sentido, ao invés de tratar as práticas rituais e religiosas como elementos de coesão social capacitados a abrandar conflitos sociais, consoante a chave explicativa proposta pela sociologia da religião de viés funcionalista, nossa intenção é a de tratá-las como instâncias de politização e afirmação das identidades étnicas.

Biografia do Autor

Patrícia Portela, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Cynthia Martins, Universidade do Estado do Maranhão

Doutora em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Professora Universidade do Estado do Maranhão (UEMA).

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