Produção de l-asparaginase extracelular por fungos amazônicos

Autores

  • Ana Beatriz P. L. Costa Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Bianca Kynseng B. S. Costa Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Amanda F Castro Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Gleuciney S. Castro Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Michel N. C. L. Chamy Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Uátila O. Lima Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Campus Coari, Coari – AM
  • Ricardo G. Brito Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Campus Manaus, Manaus – AM

Resumo

O principal agente terapêutico de doenças hematopoiéticas como a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) consiste na aplicação de um biofármaco antileucêmico cujo mecanismo de ação atua na destruição de substâncias indispensáveis ao metabolismo das células tumorais. A L-Asparaginase é uma enzima que opera como agente antineoplásico diminuindo a concentração de asparagina livre no sangue, um aminoácido importante para a sobrevivência de células cancerígenas. A literatura relata que enzimas produzidas por bactérias apresentam reações adversas significativas aos humanos. Nessa direção, a L-Asparaginase de origem fúngica tem mostrado grande potencial no tratamento de LLA, apresentando características similares aquelas produzidas pelo organismo humano. O presente trabalho objetiva avaliar qualitativamente a produção de L-Asparaginase extracelular por fungos filamentosos da Amazônia. Para isso, foram selecionadas dez cepas de fungos filamentosos oriundos de solos e tubérculos amazônicos. O teste foi divido em duas etapas. A primeira etapa pré-fermentativa em meio Czapek Dox (pH 6,2) ideal no cultivo de microrganismos provenientes do solo, no qual permaneceram na incubadora Shaker por 96 horas a 30°C. Na segunda etapa, fermentativa, o micélio filtrado foi reinoculado em um novo meio Czapek Dox acrescido de 0,007% do indicador azul bromotimol, mantido sob agitação constante por 96 horas a 30° C. Os experimentos foram realizados em triplicata e a alteração na cor da solução inoculada para azul representa resultado positivo, visto que o indicador químico induz a mudança de cor à medida que o pH do meio aumenta, resultado da atividade enzimática do microrganismo (liberação da amônia pela hidrólise da L-asparagina). Das cepas fúngicas testadas para a produção extracelular de L-Asparaginase, seis obtiveram resultado positivo, apresentando coloração azul conforme o protocolo. E quatro apresentaram resultado negativo, com coloração não alterada. Por fim, os testes preliminares apontam para as constantes contribuições que a Amazônia oferece na síntese de enzimas para fabricação de biofármacos. Nesse sentido, fica evidente a grande importância em investir nas pesquisas direcionadas ao estudo sobre a capacidade dos fungos filamentosos da região em produzir substâncias de interesse biotecnológico.

 

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Publicado

2019-06-04

Como Citar

COSTA, A. B. P. L.; COSTA, B. K. B. S.; CASTRO, A. F.; CASTRO, G. S.; CHAMY, M. N. C. L.; LIMA, U. O.; BRITO, R. G. Produção de l-asparaginase extracelular por fungos amazônicos. Revista Ensino, Saúde e Biotecnologia da Amazônia, [S. l.], v. 1, n. especial, p. 1, 2019. Disponível em: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/resbam/article/view/5593. Acesso em: 19 abr. 2024.