PRISMA - Revista de Filosofia https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma <p style="text-align: justify;"><strong>PRISMA é uma revista eletrônica do Departamento de Filosofia, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, que visa a publicação de artigos, resenhas e traduções nas mais diversas áreas da pesquisa filosófica. </strong></p> <p style="text-align: justify;"><strong>ISSN: 2359-2133. </strong><strong>Qualis A4.</strong></p> pt-BR revistaprisma@ufam.edu.br (REVISTA PRISMA - Equipe Editorial) infra-l@ufam.edu.br (CTIC - UFAM) Sat, 27 Jan 2024 21:15:56 +0000 OJS 3.3.0.8 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 FÍLON DE ALEXANDRIA E O CONTRASTE ENTRE A PRÁTICA DAS VIRTUDES E AS PAIXÕES DOS PEDERASTAS https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12386 <p>Resumo<br />O cerne do artigo é o entendimento de Fílon de Alexandria acerca das virtudes e suas práticas como possibilidade terapêutica para o cuidado integral do ser, enfatizando os contrastes entre virtudes e paixões, especialmente as paixões dos pederastas. O objetivo da nossa pesquisa foi resgatar os fundamentos filosóficos da virtude grega, a partir da concepção de areté, que influenciaram o entendimento de Fílon de Alexandria sobre a prática das virtudes e seus contrastes com as paixões e desejos, enfatizando o contraste entre as virtudes e as paixões dos pederastas. O percurso metodológico foi ancorado no método de abordagem hermenêutica, auxiliado pelos procedimentos da pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados indicaram que a prática das virtudes, alinhadas à transcendência com o divino, podem favorecer a dinâmica do autocontrole e contribuir para o apaziguamento das paixões e desejos, favorecendo a harmonia e a integralidade das dimensões do ser.<br />Palavras-chave: Fílon de Alexandria; virtudes; paixão; pederastia</p> Jeane Torres da Silva, Valcicléia Pereira da Costa Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12386 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 TOMÁS DE AQUINO E O REALISMO DIRETO DA SENSAÇÃO https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12852 <p>A teoria do conhecimento de São Tomás, devedora em certa medida daquela de Aristóteles, julga que o conhecimento começa com a sensação. Como pretendemos mostrar que a formulação de São Tomás do processo sensório é estritamente realista na medida em que estabelece uma relação direta entre os sentidos e os objetos, iniciaremos com uma breve análise de alguns textos fundamentais no De anima, que constituem, em certa medida, o núcleo da teoria sensório perceptiva da tradição aristotélica e foram aceitos por São Tomás em sua exposição especulativa. Em seguida, analisaremos como a teoria do Aquinate julga os objetos sensíveis não sem qualquer qualificação, mas, ao contrário, estabelece uma especificação deles que determina a ação que exercem sobre os sentidos. Dentro da categorização por ele proposta, são os sensibilia própria, mais propriamente os entes, que informam os sentidos. Querendo evitar o âmbito subjetivista no qual as afecções seriam reduzidas às instâncias internalistas tão somente, ele destaca que é o composto que é dado na sensação, ou seja, sentir não é um ato da alma apenas, mas implica concomitantemente o corpo com seu aparelho sensório. O seu esforço em sustentar duas teses que, ao menos em princípio, mostram-se opostas: a materialidade dos sentidos e a imaterialidade da informação recebida são asseveradas por meio das categorias metafísicas de ato e potência. Ainda que Tomás use o termo similitudines para se referir ao conteúdo informativo cognitivo no âmbito sensório, isto, contudo, não invalida a concepção em termos de realismo direto. Contudo, não há de ser simplesmente transposta para o âmbito intelectual a relação direta que é notória no âmbito dos sentidos, com efeito, ficará claro como a ideia de representação não desempenha funcionalidades no interior de sua teoria da sensação; fato, porém, que não invalida que o representacionalismo seja concebido coerentemente no horizonte do conhecimento intelectual.<br />Palavras-chave: conhecimento, realismo, sensação, sentido, Tomás de Aquino.</p> Rodrigo José de Lima, Marcos Roberto Nunes Costa Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12852 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 A VEZ DA INTUIÇÃO: NOTAS SOBRE A FILOSOFIA BERGSONIANA PARA PENSAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12519 <p>A proposta textual busca discutir, a partir da filosofia de Henri Bergson, o conceito de intuição, na relação com a duração, com vistas a afirmar o sentido da educação como elo entre ser e mundo. Da crítica à instrumentalização do conhecimento, destaca a composição entre intuição e inteligência na experiência escolar para, então, reafirmar a singularidade da atitude educativa. Com o objetivo de contrapor o domínio utilitário dos discursos educacionais, propõe dar a ver elementos que possam intensificar a tríade sentir, pensar, agir, no contexto escolar.<br />Palavras-chave: intuição; educação escolar; Henri Bergson; duração.</p> Bárbara Romeika Rodrigues Marques Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12519 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 EDUCAÇÃO E SENTIDO: CHESTERTON E LEWIS EM DEFESA DO MUNDO DAS FADAS https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12857 <p>Em busca de desenvolver uma experiência de ensino de filosofia apoiada na leitura e interpretação de textos poéticos (literários), fundada na reflexão poética como arte ou ciência introdutória para a formação filosófica, discorremos aqui sobre a imaginação como fonte de conhecimento com base em escritos de G. K. Chesterton (1874 – 1936) e C. S. Lewis (1898 –1963) que não apenas escreveram sobre a importância ou necessidade de seu uso, mas sobre os perigos de ver o mundo como uma máquina sólida em meio a um fatalismo determinista. Procuramos também trazer alguns outros autores que nos auxiliarão na tarefa de mostrar como o mundo moderno é autocentrado, uma vez que a educação do homem não é mais encontrar o sentido ou o logos das coisas. Intentaremos mostrar que os tão desprezados contos de fadas são um antídoto ao subjetivismo quando colocam adultos e crianças na realidade de uma maneira que o discurso direto e descritivo sem as experiências não o faria. Portanto, temos como objetivo neste artigo mostrar que a imaginação não é útil ao ensino de filosofia apenas, mas ela precisa ser desenvolvida, já que é um componente universal da natureza humana.<br />Palavras-chave: imaginação; sentido; contos de fadas; educação.</p> Sara Louise Aquino Almeida Peixoto Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12857 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 SOBRE A CONSTITUIÇÃO DIALÓGICA DA IDENTIDADE HUMANA EM CHARLES TAYLOR https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12294 <p>O presente artigo procura discorrer sobre a identidade humana, tratando de sua crucialidade dentro do pensamento filosófico. Para isso, a discussão mostra-se alinhada ao pensamento do filósofo canadense Charles Taylor, ao tratar que o fortalecimento da identidade depende de relações significativas evocadas pelo indivíduo e sua própria realidade. Nesse sentido, entende-se que a partir do reconhecimento de concepções e estruturas normativas, o ser humano é capaz de alcançar um posicionamento dentro da sociedade, bem como de encontrar o esclarecimento acerca de sua individualidade dentro de um horizonte valorativo. Dessa forma, este estudo aponta para a inautenticidade presente em posturas que proporcionaram o desprendimento do homem com sua realidade e com o significado histórico que esta carrega. Dado os traços modernos de um esquecimento do caráter formativo do diálogo, esta investigação parte da constatação de que o afastamento do agente humano com o próprio passado pode ser interpretado como a desorientação de uma vida que, enquanto continuidade narrativa, encontra na história referência para o seu desdobramento. Sendo assim, baseando-se no pensamento de Taylor, reconhece-se o caráter fundamentalmente dialógico da existência humana e sua prioridade na formação e orientação da pessoa.<br />Palavras-chave: identidade; autenticidade; constituição dialógica; Charles Taylor.</p> Douglas João Orben, Adriano Tadeu Ulbrich Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12294 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 O PROBLEMA DO ATEÍSMO EM LUC FERRY E COMTE-SPONVILLE: CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA ESPIRITUALIDADE SEM DEUS https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12410 <p align="justify">O presente artigo buscará expor como Luc Ferry e Comte-Sponville elaboram suas concepções sobre uma espiritualidade sem Deus. Apesar da morte de Deus, se vislumbra alguma espiritualidade como membrana de contato com as coisas mais profundas que movem o homem: a morte, a vida, o inefável, a totalidade, o nada. Mas como estruturar uma espiritualidade nesta terra devastada após Nietzsche, Freud, Feuerbach, Schopenhauer e Dostoiévski? A saída encontrada por Ferry e Sponville desemboca numa ética desconectada de Deus, endossada no amor. É na Revolução do Amor, livre de todo fanatismo e dogma, que Ferry apresenta sua metodologia. Não é um amor abstrato, a Deus, a pátria, ao progresso, mas um amor prático, um exercício: o amor aos filhos, a esposa. Algo menor, mais factível, real, palpável. Para isto ele traça uma história da desconstrução, desde os Boêmios franceses (século XIX) e Nietzsche na Alemanha, para demonstrar o abstracionismo em que se enfiaram crentes, teóricos e filósofos. Sponville, utilizando-se das premissas desconstrutoras de Nietzsche, em sintonia com Luc Ferry, avança para uma crítica aos elevados valores morais, questionando os seus atributos dogmáticos, tanto em crentes e ateus, quanto em cientistas e filósofos. Apregoando ao mundo uma instabilidade que impossibilita a tomada de posições muito rígidas, exigindo-se uma autonomia capaz de criar seus próprios valores. Inclusive o valor de um panteísmo como aquisição da experiência de contato com a totalidade das coisas. Em ambos, a defesa do amor como práxis corresponde a um chamado à tolerância.<br />Palavras-chave: tolerância; ateísmo; amor; espiritualidade; panteísmo.</p> Wesley Barbosa Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12410 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 GÊNERO E MASCULINIDADES NA PRODUÇÃO DE VIOLÊNCIAS https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12400 <p>Esse artigo de revisão teórica tem como objetivo discutir a questão de gênero, sobretudo as masculinidades, e suas contribuições para a produção de violência no âmbito das relações humanas. Percorrendo a base teórica de autores como Judith Butler, Pierre Bourdieu e Raewyn Connell, esse artigo revisa a teoria acerca dos estudos das masculinidades e da masculinidade hegemônica e analisa dados referentes à violência praticada e sofrida por homens. Conclui-se que as construções hegemônicas da masculinidade têm potencial de influência sobre os atos de violência praticados pelos homens.<br />Palavras-chave: masculinidades; masculinidade hegemônica; gênero; violência.</p> Ronaldo Braga Dantas Filho, Gisele Cristina Resende, Ana Paula Pereira Nabero, Breno de Oliveira Ferreira Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12400 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 REFUGIADOS E VIDA NUA: ENSAIO SOBRE O ESTADO DE EXCEÇÃO E A FRAGILIDADE DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DO PENSAMENTO DE GIORGIO AGAMBEN https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12359 <p>Este artigo propõe-se a examinar o contexto paradoxal de crescente valorização do discurso de proteção aos direitos humanos e, ao mesmo tempo, de crise humanitária. Analisa a crise dos refugiados e o enfraquecimento democrático, investigando a vida nua sob a qual estão inseridos, sob a perspectiva do estado de exceção, a partir da obra de Giorgio Agamben. O método de abordagem empregado foi o dedutivo, e o de procedimento, a análise interpretativa e crítica por intermédio de pesquisa bibliográfica. Os resultados revelam que o estado de exceção tem sido usado mais como técnica de governo do que como medida excepcional, promovendo o cerceamento da liberdade, acentuando as desigualdades sociais e provocando o desmonte da democracia. Concluiu-se que as pessoas refugiadas, compreendidas como aquelas excluídas da Pólis, ficam à deriva num limiar de indiferença que os destitui da dignidade humana, o que acena à compreensão dos direitos humanos ainda como promessas irrealizadas.<br />Palavras-chave: refugiados; estado de exceção; Giorgio Agamben; direitos humanos.</p> Airely Neves Pereira, Loiane Prado Verbicaro Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12359 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000 DA MOBILIZAÇÃO TOTAL À INDÚSTRIA CULTURAL: APROXIMAÇÕES ENTRE MARCUSE E ADORNO https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12330 <p>O presente artigo busca aproximar o conceito de indústria cultural e mobilização total, conceitos propostos por Adorno, Horkheimer e Marcuse. A aproximação é possível na medida em que ambos estão pensando em artifícios autoritários do capitalismo como resposta à crise do sistema capitalista após 1929. Ambos os conceitos trabalham a dominação íntima individual requerida pelo sistema capitalista em sua nova etapa, baseados em conquista de seu psiquismo, por meio da cultura, para a manutenção do status quo.<br />Palavras chave: Adorno; Marcuse; indústria cultural; mobilização total.</p> Emanuel Djaci Oliveira Leal Copyright (c) 2024 https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/12330 Sat, 27 Jan 2024 00:00:00 +0000