Experiências sobre o ensino da escrita cursiva para pessoas cegas em Santarém-PA

Autores

Palavras-chave:

Escrita cursiva, Autonomia, Pessoa cega, Assinatura

Resumo

Este artigo trata-se de um relato de experiência sobre um trabalho desenvolvido através de oficina prática, com duas pessoas cegas, estudantes da rede pública de ensino, atendidos pelo Atendimento Educacional Especializado das escolas a qual estão matriculados, residentes em Santarém. O objetivo do trabalho foi desenvolver e estimular a escrita cursiva dos participantes da oficina, visando sua afirmação de pessoa cidadã alfabetizada diante da sociedade. Participaram da oficina, 02 jovens, homem e mulher, com idades entre 20 e 25 anos. A oficina foi realizada em três dias no mês de junho de 2022, na sede da Associação Santarena para Inclusão das Pessoas Cegas e com Baixa Visão (ASSIC). Durante a realização da oficina, foram levantadas as principais dificuldades que os jovens tinham sobre como aprender a escrita cursiva para conseguir obter uma assinatura legível em seus documentos de identificação e demais ocasiões que possam exigir-lhes uma assinatura, sendo esclarecidas no decorrer da oficina, conforme iam avançando a prática. Foram criados materiais didáticos acessíveis, utilizando o método de alto relevo para que, de forma sensorial, pudessem se familiarizar com os tipos de traçados de linhas e formas geométricas e, consequentemente, com as letras do alfabeto em suas diversas formas, criando um mapa mental, para assim iniciar o processo de escrita cursiva. Para cada participante, foi elaborado um caderno de treinamento que foi utilizado durante a oficina, presencialmente, e nas atividades assíncronas. Ao final da oficina os alunos grafaram suas assinaturas em escrita cursiva com êxito. Os resultados desta pesquisa nos mostraram a necessidade de fomentar nas instituições que trabalham com educação especial no município de Santarém, projetos de ensino na perspectiva da inclusão, autonomia e reabilitação das pessoas cegas na sociedade.

Biografia do Autor

Marlene Caroline Vieira da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduada em Licenciatura em Pedagogia, no Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Instituição: Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

E-mail: marlene.caroline95@gmail.com

Orcid: https://orcid.org/0009-0005-4104-7950

País: Brasil

Taís de Sousa, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduada em Licenciatura em Pedagogia, no Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Instituição: Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

E-mail: tais.sousa.stm@gmail.com

Orcid: https://orcid.org/0009-0005-2863-8625

País: Brasil

Hector Renan da Silveira Calixto, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutor em Educação na Amazônia pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa); Mestre em Educação, Cultura e Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Licenciado em Pedagogia, Educação Especial e Letras-Libras. Professor de Libras no Instituto de Ciências da Educação (ICED), na Ufopa. Líder adjunto do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação de Surdos (GEPES), da Ufopa.

Instituição: Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

E-mail: : hector.calixto@ufopa.edu.br

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4227-6625

País: Brasil

Publicado

2023-12-31